quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mais-Valia

Grupo:
BARBARA ROTH
CAROLINE DE OLIVEIRA
GABRIELA FERRAZ ALVES DA COSTA
JOSIANE DA SILVA COROL
TUAMNI SMIRELLI DE SOUZA NETO

TEMA ABORDADO:
O CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO MAIS-VALIA SEGUNDO KARL MARX

TÓPICOS ABORDADOS:

1. O que é Mais-Valia?

Mais-valia é o lucro do capitalista. É a diferença entre o valor do salário e o valor do produto que o operário (trabalhador) produz, ou seja, é à base do lucro no sistema capitalista. Ao mesmo tempo, é um processo de tirar proveito do trabalho de outra pessoa, definindo-se não só pelo trabalho pago, através do salário, mas principalmente pelo trabalho não pago. Mais-valia é então exatamente o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho.

A Mais-Valia determina-se por três fatores:

· A quantidade de mercadorias que farão parte do salário necessário para a sobrevivência.

· A duração do dia de trabalho e a intensidade do trabalho.

· A produtividade do trabalho nas atividades que produzem bens consumidos pelos trabalhadores.

A redução da quantidade e dos preços dos produtos necessários à permanência dos trabalhadores abate o valor da força de trabalho, alterando a relação da mais-valia com o capital aplicado.

2. QUEM DENOMINOU O MODO DE PRODUÇÃO COMO MAIS-VALIA?

Mais-valia foi denominado por Karl Marx. Para Marx os valores dos salários, variando de uma sociedade a outra, não se reduziam ao elemento biológico, mas pelo contrário reuniam elementos sociais e culturais. Ele também reparou que o lucro dependia, pelo menos em parte, da produtividade física do capital, o que fez com que buscasse sair das provas simples de seus predecessores para elaborar uma teoria mais aprofundada das causas sociais do lucro capitalista.

Como coloca Marx, se o valor em trabalho (valor do salário como parcela do valor da mercadoria) correspondesse ao tempo concreto gasto na produção de cada mercadoria individual, seriam os trabalhadores menos habilidosos que produziriam as mercadorias mais valiosas, pois demorariam mais tempo para produzi-las. Para Marx, em princípio o salário capitalista é "justo": o capitalista não necessita despojar seus operários do seu salário de mercado para lucrar; o lucro tem uma causa concreta: ele tem por causa a propriedade privada do Capital; mas suponhamos que ele seja uma remuneração automática deste mesmo capital, uma vez investido, é, para Marx, "Fetichismo”, pois supõe que uma coisa possa gerar sua remuneração, que o capital produza lucros e/ou juros como uma macieira produz maçãs. A teoria de Marx preocupa-se menos com o lucro capitalista e sim com a sua gênese social; ele se importa menos com o modo como o lucro é realizado e dividido do que com a maneira como é gerado.

O lucro capitalista, para Marx, não é apenas um simples exesso; ele é o excedente como mediado por uma relação social historicamente específica. Karl Marx chama a atenção para o fato de que os capitalistas, uma vez pago o salário de mercado pelo uso da força de trabalho, podem lançar mão de duas estratégias para ampliar sua taxa de lucro: estender a duração da jornada de trabalho mantendo o salário constante - o que ele chama de mais-valia absoluta; ou ampliar a produtividade física do trabalho pela via da mecanização - o que ele chama de mais-valia relativa.

3. MAIS-VALIA ABSOLUTA

Mais-Valia Absoluta é o aumento da jornada de trabalho, e a exploração de grande esforço de mão-de-obra, que dependerá do crescimento das forças produtivas mantendo o salário constante. Só se pode produzir mais-valia através da extensão do tempo de trabalho, isto é, sob a forma da mais-valia absoluta, possibilitando assim, a ampliação de taxas de lucro sem a dependência de maiores custos de simples reprodução da mão-de-obra.

O prolongamento do tempo de trabalho necessário ou a eliminação de tempos mortos, é um meio de aumentar a proporção de mais-valia absoluta. Com isso, o consumo de força de trabalho eleva a quantidade de trabalho sem retribuição.

O aumento da mais-valia também se obtêm, à custa do crescimento da produtividade do trabalho em atividades que produzem meios estáveis para os trabalhadores, utilizado para reproduzir o tempo de trabalho necessário. O mesmo efeito é obtido com o desenvolvimento da produtividade. O proveito em nada beneficia os trabalhadores.

4. MAIS-VALIA RELATIVA

Mais-Valia Relativa é a modificação da forma como se obtém a produção. Ou seja, é além dos trabalhadores, um investimentos em tecnologia para ampliar a produtividade do trabalho através da mecanização. É ter um número maior de mercadoria em um mesmo tempo de serviço ao dia, sem a dependência de habilidades do trabalhador individual, tornando-os apenas como um acessório da máquina. Na Mais-Valia Relativa é necessário a diminuição de trabalho, o que conseqüentemente diminui o salário e em contrapartida diminui os produtos necessário ao trabalhador, ou seja, também é o barateamento dos produtos que servem aos trabalhadores.

5. EXEMPLO DE MAIS-VALIA:

Se um artesão produz um objeto de R$12,00 a cada hora de serviço, e recebe um salário R$9,00 ao dia, gastando R$18,00 em custos de produção, a mais-valia ganha pelo capitalista será de R$ 81,00 ao final de um turno de 9 horas.

Ou seja:

1 hora  =>  12,00
9 horas => 108,00

108,00  => Total de horas trabalhadas
  9,00- => salário ao dia
 18,00- => custo de produção
 81,00  => Lucro do capitalista/salário não pago ao trabalhador, ou seja, é a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da exploração no sistema capitalista.

Ainda nesse exemplo: Na Mais-Valia absoluta, o artesão trabalharia por mais horas, ganhando o mesmo, porém o lucro do capitalista seria aproximadamente mais que o dobro.

Se fosse Mais-Valia relativa, aumentaria a quantidade de máquinas para efetuar o trabalho, sem a necessidade de aumento de salário.

6. REFERÊNCIAS

Marx, Karl: O Capital, Crítica da Economia Política. Livro I, várias edições (Civilização Brasileira/Bertrand Brasil e Abril Cultural); Teorias de Mais-Valia, ed. Civilização Brasileira/Bertrand Brasil.
Rosdolsky, Roman: Gênese e Estrutura do Capital de Marx. Editora Contraponto/UERJ.
Crítica original de Böhm-Baverck a Marx
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Mais-Valia"

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