domingo, 17 de outubro de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

domingo, 18 de outubro de 2009

POSITIVISMO

GRUPO
ANA CAROLINA JACINTO DE SOUZA
BIBIANI POLLI STANGER
FABIANA MITIKO ISHIZAWA
FERNANDA MITIE ISHZAWA DINIZ
MARIÂNGELA LUPORINI PALLARO
MAYLA MARQUES
TAIS MELLO
WELLINGTON JONNY ARAÚJO CUNHA

Auguste Comte
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, nasceu em 19 de janeiro de 1798 na cidade de Montpellier, Paris. Filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo. Revelou-se desde cedo grande capacidade intelectual e uma prodigiosa memória. Seu interesse pelas ciências naturais era conjugado pelas questões históricas e sociais que o fez ingressar na Escola Politécnica aos 16 anos.
Em 1817, conhece Henri de Saint-Simon e torna-se seu secretário até 1824. Por Saint-Simon apropriar-se dos escritos de seus discípulos, chegando a publicar seus escritos e de dar ênfase apenas à economia na interpretação dos problemas sociais, Comte rompe com ele e concebe, a partir daí, a criação de uma ciência social e de uma política científica. São dessa época algumas fórmulas fundamentais: "Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto" (1819) e a famosa Lei dos Três Estados, "Todas as concepções humanas passam por três estádios sucessivos: o teológico, o metafísico e o positivo" (1822), e teoriza que o intelecto humano havia passado historicamente por um estágio Teológico, em que a humanidade e o mundo foram explicados nos termos dos deuses e dos espíritos; depois através de um estágio Metafísico Transitório, em que as explanações estavam nos termos das essências, de causas finais, e de outras abstrações; e por ultimo para o estágio Positivo Moderno que se distinguia por uma consciência das limitações do conhecimento humano. De posse, desde 1826, das grandes linhas de seu sistema, trabalha intensamente na criação de uma filosofia positiva, abrindo em sua casa, um Curso de Filosofia Positiva, que fora interrompido por uma depressão nervosa em virtude de problemas conjugais.
Recuperado, em 1829 Comte retoma o ensino e 1830 inicia a publicação do Curso distribuido em 6 volumes até 1842. Em 1832 é nomeado explicador de análise e de mecânica na Escola Politécnica e em 1837 , examinador de vestibular, perdendo seu cargo em 1842 por criticar a corporação universitária francesa. No mesmo ano, separa de Caroline Massin, após 17 anos de casamento.
É em outubro de 1844 que se situa o segundo encontro capital que vai marcar uma reviravolta na filosofia de Augusto Comte. Conhece Clotilde de Vaux, irmã de um de seus alunos e declara a esta mulher de 30 anos seu amor fervoroso. "Eu a considero como minha única e verdadeira esposa não apenas futura, mas atual e eterna". Clotilde oferece-lhe sua amizade. É o "ano sem par" que termina com a morte de Clotilde em 6 de abril de 1846. Entre os anos 1851 e 1854 redige o Sistema de política positiva ou Tratado de sociologia, extraindo algumas das principais consequências de sua concepção de mundo não-teológico e não-metafisico, propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para os problemas sociais. No volume final dessa obra, apresentou as instituições principais de sua Religião da Humanidade que prevê uma reformulação total da obra sob o título de Síntese Subjetiva. Desde 1847 Comte proclamou-se grande sacerdote da Religião da Humanidade. Institui o "Calendário positivista" (cujos santos são os grandes pensadores da história), forja divisas "Ordem e Progresso", "Viver para o próximo"; "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", funda numerosas igrejas positivistas (ainda existem algumas como exemplo no Brasil).
Faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris após alguns meses de enfermidade, foi enterrado no cemitério de Pere Lachaise. Sua última casa, na rua Monsieur-le-Prince, nº10, foi posteriormente adquirido por positivistas e transformado no Museu Casa de Augusto Comte.
Comte contribuiu à filosofia sua adoção do método cientifico para a organização politica da sociedade industrial moderna, tentou também classificar as ciências; baseando na idéia de que as ciências desenvolviam da compreensão de princípios simples e abstratos as compreensão de fenômenos complexos e concretos. Deste modo, as ciências teriam se desenvolvido a partir da matemática, astronomia, física e da química para a biologia e depois finalmente a sociologia que de acordo com Comte não somente fechava a série, mas reduziria os fatos sociais às leis cientificas e condensava o conhecimento humano. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática social, e Dinâmica social. Comte deu ênfase a hierarquia e obediência e rejeitou a democracia; seu conceito de uma sociedade positiva está no seu Sistema de Política Positiva. Substituiu também a adoração a Deus por uma "religião da humanidade"; Comte viveu para ver sua obra comentada em toda a Europa. Comte também pensou que era necessário implantar uma ordem espiritual nova e secularizada a fim de suplantar o sobrenaturalismo ultrapassado da teologia cristã. Sua vida foi um modelo de comportamento para os discípulos e suas idéias impressionavam e impressionam até hoje os intelectuais de todos os países civilizados.

O Positivismo

O Positivismo é uma corrente filosófica, que tem como base a exaltação dos fatos. O conhecimento se afirma numa verdade comprovada, utilizando o método experimental como um caminho para o pensamento científico, no qual a verdade comprovada jamais é questionada. O Positivismo tem como característica três principais preocupações: A Filosofia da história (na qual encontramos a “lei dos três estados” que marcaram as fases da evolução do pensar humano teológico, metafísico e positivo); a fundamentação e classificação das ciências (Matemática, Astronomia, Física, Química, Fisiologia e Sociologia); e a elaboração de uma disciplina para estudar os fatos sociais, a Sociologia que, num primeiro momento, Augusto Comte denominou física social (Triviños, 1987, p. 33). O positivismo recusa o conhecimento metafísico e defende a idéia de que tanto os fenômenos da natureza como os da sociedade são regidos por leis invariáveis.


O Positivismo no Brasil

O positivismo de Augusto Comte foi a primeira grande corrente da Sociologia, e encontrou no Brasil, um solo fértil para a disseminação desta corrente .
Por volta de 1850, as idéias positivistas foram trazidas ao Brasil, por estudantes que concluíram seus estudos na França.A situação sócio-política brasileira na época estava gerando muita insatisfação por parte dos políticos e intelectuais, pois todo o poder estava de forma absoluta nas mãos do imperador D. Pedro II,sendo ele o responsável por qualquer grande decisão.
O exército estava em busca de adquirir conhecimentos através da matemática e das letras, enquanto o clero não exercia nenhum poder sobre o povo, somente para a nobreza,pois o clero era a favor do poder aristocrático ao qual o povo estava submisso.
Nesta época os ideais positivistas já começavam a adquirir uma maior aceitação entre os militares. E por outro lado D. Pedro II imposto pelos militares ia decretando de maneira lenta algumas leis de mudanças sociais, como a Lei do Ventre Livre;Lei contra o Tráfico de escravos , e a Lei da alforria por idade.
Essas leis de mudanças sociais não agradavam a aristocracia ruralista, pois com a libertação de seus escravos, as plantações começariam a perder seus lucros, e a burguesia ruralista, começaria a ter que contratar mão-de-obra para os trabalhos.
Os positivistas lutavam por interesses como: A Bandeira do Brasil, com a frase ‘’Ordem e’’progresso’’; a separação da Igreja e do Estado;o decreto dos feriados , e a realização dos casamentos civis.
Em 1893 Júlio de Castilhos concretiza suas idéias positivistas no Rio Grande do Sul. O positivismo passou então a ser conhecido como uma doutrina política conservadora e antidemocrática, que durante quarenta anos dominou o Rio Grande do Sul, e serviu de modelo para o resto do país.


O Lema da Bandeira do Brasil

Entre as medidas adotadas durante os primeiros anos da República, existem algumas que refletem a influência do positivismo:
- A substituição da saudação final na correspondência oficial do Estado, de "Deus guarde a V. Exa." por "saúde e fraternidade", que faziam referência ao Culto da Humanidade de Comte;
- Abolição dos tratamentos de Vossa Excelência, Vossa Senhora etc. pela forma "vós";
- A configuração da bandeira republicana, que recebeu o lema positivista "Ordem e Progresso";
- A lei da separação entre Igreja e Estado;
- O decreto dos feriados nacionais, alguns permanecem até hoje, como o 2 de novembro, o 1º de janeiro, etc.
A inserção do lema na bandeira nacional se deu através do decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889, preparado por Benjamin Constant então membro do Governo Provisório e redigido por Rui Barbosa.
Houve inúmeros opositores à concepção da bandeira nacional, entre eles Quintino Bocaiúva, Santos Dumont, Osório Duque Estrada, Visconde de Taunay, Eduardo Prado e Eurico Góes.
Aconteceram as chamadas Sete Críticas Maiores à bandeira, que foram: 1. Desprezo a tradição, 2. Erros de astronomia, 3. Uma legenda positivista, 4. Caso especial do Cruzeiro do Sul, 5. Simbologia sem fundamentos, 6. Inobservância heráldica e 7. Falhas na aplicação do Decreto.
O próprio Marechal Deodoro era contra a mudança proposta, para ele bastava retirar a coroa imperial. Mas os positivistas pressionaram-no a aceitar a proposta, o que foi feito.
A influência da doutrina de Comte no Exército entra em declínio após 1930, quando acontece a reforma no ensino militar. Mas de alguma forma o legado permanece até os dias de hoje, a bandeira atual brasileira é prova desse fato.
Recentemente, a bandeira do Brasil recebeu sugestões de mudança através do designer austríaco Hans Donner:
“Os positivistas não entendiam de design, hoje todo mundo entende e sabe a importância dos símbolos. Aquela inclinação prejudica o país.
Segundo um site especializado em design, a proposta dele é dar um giro na esfera azul, transformando a faixa branca de descendente a ascendente e incluindo a palavra “amor” no início da frase. Recuperaria assim, o lema dos positivistas “o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim” que originou “ordem e progresso”.
Por fim o designer não alteraria as cores da bandeira, mas acrescentaria um leve degradé acrescentando “volume” ao símbolo nacional.

A Igreja Positivista do Brasil

Fundada em 11 de maio de 1881 por Miguel Lemos, está localizada à Rua Benjamin Constant, 74 – Glória, Rio de Janeiro. Sua sede também conhecida com Templo da Humanidade, foi o primeiro edifício construído, no mundo, para difundir a Religião da Humanidade.
Defende que o estado brasileiro não tem religião oficial, sendo contra o ensino de religiões em escolas públicas e priorizando essa prática nos lares e igrejas.
Antes do início das prédicas dominicais tem lugar a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil e da França, ao som do HINO DA BANDEIRA e da MARSHELEZA respectivamente. Os mastros das bandeiras ficam à frente do Templo da Humanidade e atrai a atenção dos passantes.
Dentro da Igreja são pregadas as seguintes Máximas Positivistas:
- “O amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”;
- “O Progresso supõe a Liberdade”, “O Capital é social em sua origem e deve ter destinação social”;
- “A mulher deve ser posta ao abrigo das necessidades materiais para que possa se dedicar às atividades próprias do lar”;
-“O mundo é governado por leis imutáveis e não pela vontade de deuses”.
A Igreja também oferece a Associação ao Clube Positivista que possui os seguintes objetivos permanentes:
- A subordinação da política à moral;
- A subordinação da Família à Pátria e da Pátria à Humanidade;;
- O desenvolvimento da Fraternidade entre as nações, pela supressão de toda política imperialista;
- Separação entre Igreja e Estado;
- Liberdade de manifestação do pensamento, quer oral, quer escrito;
- Liberdade de associação e reunião;
- Liberdade de ensino;
- Liberdade profissional;
- Incorporação do proletariado (trabalhadores – operários) à sociedade moderna, por conseqüência:
dignificação do trabalho.
condições econômicas suficientes à digna existência da família operária.
elevação do nível moral e intelectual do operário.
decretação da legislação trabalhista que facilite sua incorporação à sociedade.
- Difundir que o princípio de que “o capital sendo de origem social deve ter destino social”, o que não exclui a admissão do capital privado;
- Defender a manutenção e o aperfeiçoamento do regime federativo;
- Dignificar a Mulher na função de educadora e elemento unificador da Família;
A Igreja funciona como uma instituição religiosa comum, com suas principais reuniões aos domingos, seguindo uma doutrina rigorosa e bem definida.

Bibliografia


fonte:http://www.rickardo.com.br/arquivos/posit_bandbras.pdf acessado em 15/09/2009
http://www.revistawindowsvista.com.br/timedimension acessado em 15/09/2009
http://www.igrejapositivistabrasil.org.br/ acessado em 16/09/2009

www.mundodosfilosofos.com.br/comte. html acessado em 11/09/2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Max Weber e Karl Marx

Grupo
Amanda Luiza Brito R.A. 3488500
Elis Mendes Rabello R.A. A322HI8
Loris Lima R.A. 0212EG0
Paulo Henrique Januário Jr. R.A. A16FFC3
Rodrigo Machado Pereira R.A. A30DEI9

Biografia de Max Weber
Max Weber. Filosofo, historiador e sociólogo alemão teve seus estudos universitários na área jurídica, com incursão pela economia, filosofia e pela historia. Foi conhecido, sobretudo pelo seu trabalho sobre a sociologia da religião.
Sua postura teórica, vinda de sua formação e das heranças filosóficas kantiana e hegeliana, distanciou-se do positivismo e do marxismo.
Durkhein e Marx deram ênfase à analise sociológica dos fatos sociais e às relações entre as classes, Weber tomou como ponto de partida a analise centrada nos atores sociais e suas ações, privilegiando o papel da iniciativa do indiiduo na vida social.
De importância extrema, Max Weber escreveu a Ética protestante e o espírito do capitalismo.
Weber postula também a definição de estado que se tornou essencial no pensamento da sociedade ocidental: que o estado é a identidade que possui o monopólio de uso legitimo da ação coercitiva.
Max Weber
Max Weber preocupado com o seu tempo, com a era moderna e com as conseqüências advindas desse processo, dedica-se as condutas humanas nas diversas esferas da vida e o desenvolvimento capitalista. Seu interesse é entender o comportamento humano no contexto da era industrial.
O capitalismo é alvo de elogios para Weber, que se diferencia como Sociólogo por estudar o individualismo metodológico, ou seja, para compreender a complexidade social é necessário estudar o individuo em interação com o meio, a chamada sociologia compreensiva. Distingue-se assim de Durkhein que despreza o individuo e Marx que estuda as estruturas sociais no decorrer da historia.
Para Weber o sujeito constrói sua consciência a partir do momento que estabelece sentido para o que faz. Contudo tudo analisarmos duas categorias weberianas: a ação social e a relação social.
Para tanto temos que ressaltar que Weber utiliza para o desenvolvimento de sua analise um método um método muitas vezes destorcido, chamado tipo ideal: que é usado somente para analise comparativa, não existindo na realidade, sendo uma mera utopia elaborada teoricamente para facilitar pesquisas. Com base nas características mais salientes de determinados fenômenos. Sua validade é problemática e se comprova somente através de sua fecundidade na pesquisa.
Weber; através da comparação e classificação de Diversos tipos de cidade, determinou as características essenciais da cidade; da mesma maneira pesquisou as diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracterização de capitalismo. (LAKATOS, 1990, p35)
Weber terá o mesmo raciocínio para categorizar os tipos de ação social, obedecendo a lógica identificada tanto na tipologia da dominação como na da ação social, racionalmente da maior para a menor.
Ação Social
A ação social é toda conduta humana intencional e de significado particular levando em conta as ações dos outros também, por isso seu caráter social.
Nem todo acontecimento deve ser caracterizado como ação simplesmente por conterem uma intenção, o sentido que nos leva a ter uma ação não pode ser generalizado e classificado como ação social. A sociologia Weberiana está imbuída na pretensão de compreender as condutas humanas, e como isso como já dissemos antes Weber utilizará na observação da realidade tipos ideais explicativos, categorizando diferentes tipos de ação sociais, ou melhor, diferentes formas pelas quais o individuo percebem sua realidade de conduta.
Ação racional Conforme Fins
É onde o individuo age pelos objetivos estabelecidos, expectativas sobre a conduta de outros indivíduos da sociedade. O individuo age racionalmente por calcular suas ações de acordo com os fins, ou seja, persegue seus objetivos almejando resultados.
Quando elaboramos um projeto ou um objetivo definimos metas e condições, e no decorrer do processo almejamos o resultado. Esse é um exemplo clássico de ação racional conforme fins.
Ação Racional Conforme Valores
Ela é orientada por princípios e valores éticos, estéticos, religiosos e morais, sem preocupação com os fins, porque os meios são onde estão os valores defendidos e o resultado dessa ação não é tão importante.
Um exemplo seria Quando traçamos um objetivo algo que almejamos ou vamos fazer, porém o que mais nos importa não será o resultado final. O resultado dessa ação parece não ser tão importante quanto os valores defendidos e perseguidos pelo sujeito.
Ação Tradicional
Está ação está mais liga a costumes, cultura e hábitos adquiridos ao longo dos anos. Não contêm nenhum objetivo anexo a ela bem como nenhum valor como as anteriores.
No entanto essa ação está no limite de uma ação com sentindo, pois ela pode ser apenas uma ação reativa a estímulos externos.
Um exemplo dessa ação pode ser entendido como dar benção a pessoas mais velhas, ou até mesmo o batismo de uma criança quando seus pais são pouco comprometidos com a religião.
Ação Afetiva
A ultima, mas não a menos importante é motivada por emoções como inveja, medo, admiração, paixão; é a menos racional das quatro elencadas.
Esse tipo de ação se difere das anteriores, pois não há um propósito ou elaboração consciente nos fins dela.
Age-se emocionalmente e não racionalmente nesta ação por ela não conter valores previamente estabelecidos.
É importante ressaltar nesse momento que esses são tipos ideais de analise comparativa de cada individuo, sendo que as ações podem muitas vezes ter aspectos individuais ou até mesmo múltiplos, as quatro ações juntas.
Ao seguir no estudo de Weber nos damos conta de que as atitudes dos indivíduos não estão isoladas e sim no convívio social e, no entanto no emaranha das relações sociais.
Podemos exemplificar essa ação com um pedido de casamento ou uma declaração de amor.
Relações Sociais
Como primeiro contato podemos dizer que relação social é quando dois ou mais sujeitos estão empenhados no comportamento dos demais de maneira significativa. Weber se refere a essa relação como sendo, religiosa, comercial, familiar.
No entanto a novidade dessa relação é que a mesma se inicia no momento em que ela se encerra, pois é onde os indivíduo orienta sua ação pelo sentido compartilhado.
Dessa forma estabelecemos a diferença de relação social e ação social.

Karl Marx
A definição marxista de classe social começa com o fator material da existência de determinado sistema de produção – formação social – e usa como critérios objetivos de diferença entre as classes a sua posição neste sistema, a relação com os meios de produção, o papel na organização do trabalho e a posse ou não de parcela da riqueza produzida pela sociedade. Esta abordagem científica se mostra muito diferente da abordagem subjetiva das teorias burguesas. Por exemplo, termos como “classe alta” ou “classe baixa”, que não precisam o significado dos termos “alto” e “baixa”, são absolutamente vagos, e pior ainda é a definição por letra do alfabeto, que tem como base a renda dos grupos assim identificados. Poderia haver tantas classes quanto faixa de renda, e a definição destas mesmas faixas poderiam ser diferentes de acordo com a opinião individual de cada um.

A natureza histórica (passageira) das classes sociais
Marx demonstrou que, nas sociedades primitivas, não havia a divisão entre
classes. Esta divisão surgiu com base em mudanças nas forças de produção e
nos conflitos entre os homens, que levaram à posse privada, por um grupo social, do excedente produzido e da própria terra geradora de riqueza, graças à exploração de outra classe social que não detinha a posse dos meios de produção. Assim explicou Marx:
“A primeira forma de propriedade é a
propriedade tribal. Corresponde a um estágio não desenvolvido da produção em que um povo vive da caça e da pesca,criando animais ou, na fase mais elevada, da agricultura. (...) A divisão do trabalho, neste estágio, é muito elementar ainda, e está limitada a uma extensão da divisão natural do trabalho imposta pela família: a estrutura social é, portanto, resumida a uma extensão da própria família (...)”
A segunda forma é a antiga propriedade comunal e do Estado, que provém,
particularmente, da união de várias tribos numa cidade, por acordo ou conquista, e ainda é acompanhada pela escravidão. Ao lado da propriedade comunal, já encontramos a propriedade privada móvel e, mais tarde, a imóvel, em desenvolvimento, mas como forma subordinada à propriedade comunal. (...) toda a estrutura da sociedade baseada em tal propriedade comunal, e com ela o poder do povo, entra em decadência na mesma medida em que progride a propriedade privada imóvel. A divisão do trabalho já está mais desenvolvida. Já encontramos o antagonismo entre a cidade e o campo, depois o antagonismo entre aqueles estados que representam interesses urbanos e os que representam interesses rurais e, dentro das próprias cidades, o antagonismo entre a indústria e o comércio marítimo. As relações de classe entre os cidadãos e os escravos estão, agora, totalmente desenvolvidas.”
As condições materiais de existência e os conflitos sociais resultantes
das relações antagônicas entre as diversas classes surgidas no decurso do
processo histórico, a teoria marxista produziu análises que nos permitem
compreender que o processo de formação, desenvolvimento e de luta entre as
classes é o cerne da própria história humana.
Luta de classes- Karl Marx
Para Marx a história de todas sociedades até o presente é a história das lutas de classe.
A dualidade presente na sociedade caracterizada pelo Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, membro de corporação e ofícial-artesão, em síntese, opressores e oprimidos, permitiu uma luta ininterrupta, resultando no desmoronamento das classes em luta.
A moderna sociedade burguesa, emergente do naufrágio da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Ela apenas colocou novas classes, novas condições de opressão, novas estruturas de luta no lugar das antigas. Ou seja, muda-se apenas a coleira o cachorro continua o mesmo.
A simplificação desse antagonismo pode ser representado pela burguesia versus proletariado.
Com as navegações , os descobrimentos e novos mercados, fez com que a manufatura tomasse o lugar do funcionamento feudal existente, sufocando os mestres de corporação.
A grande indústria criou o mercado mundial, que a descoberta da América preparara. O mercado mundial deu ao comércio, à navegação, às comunicações por terra um desenvolvimento incalculável. Este por sua vez reagiu sobre a expansão da indústria, e na mesma medida em que indústria, comércio, navegação, estradas de ferro se expandiam, nessa mesma medida a burguesia desenvolvia-se, multiplicava seus capitais, empurrava a um segundo plano todas as classes provenientes da Idade Média.
A burguesia desempenhou na história um papel extremamente revolucionário. Onde quer a burguesia tenha chegado ao poder, ela destruiu todas as relações feudais, patriarcais, idílicas. Ela rompeu impiedosamente os variegados laços feudais que atavam o homem ao seu superior natural, não deixando nenhum outro laço entre os seres humanos senão o interesse nu e cru, senão o insensível "pagamento à vista".
A burguesia, em uma palavra, colocou no lugar da exploração ocultada por ilusões religiosas e políticas a exploração aberta, desavergonhada, direta, seca.
A burguesia arrancou às relações familiares o seu comovente véu sentimental e as reduziu a pura relação monetária.
E as mesmas armas que a burguesia utilizou para destruir o feudalismo voltaram-se contra a própria burguesia. Além de tais armas, a burguesia produziu homens que as portaram - os operários modernos, os proletários.
Na mesma medida com que se desenvolve a burguesia, desenvolve-se o proletariado, os quais são mercadoria que dependem do crescimento do capitalismo, pois vendem sua força de trabalho.
A industria moderna fez com que houvesse um aglomerado de operários, e a massificação deles, a mudança da pequena oficina do mestre patriarcal em grande fábrica do capitalismo industrial. O próprio Marx diz
“Como soldados rasos da indústria, são colocados sob a supervisão de uma hierarquia completa de suboficiais e oficiais. Eles não apenas são servos
da classe burguesa, do Estado burguês;diariamente e a cada hora eles são escravizados pela máquina, pelo supervisor e, sobretudo,por cada um dos fabricantes burgueses. Esse despotismo é tanto mais mesquinho,odioso, encarniçado, quanto mais abertamente
ele proclama o lucro como o seu objetivo.”
Devido ao sistema imposto, dá-se início a luta dos operários, porém isolados contra um burguês particular, que os explora diretamente. Dirigindo os seus ataques não apenas contra as relações de produção burguesas, mas também contra os instrumentos de produção;aniquilam as mercadorias, destroçam as máquinas, ateiam fogo nas fábricas, buscam reconquistar a antiga posição do trabalhador medieval.
O desenvolvimento da indústria faz com que o proletariado se multiplique, e com isso a sua força também. As diferenças do trabalho aumentam, comprime o salário para um nível igualmente baixo. O salário oscila com o crescimento da concorrência e com o surgimento das crises de comércio. E com isso as lutas se tornam mais freqüentes.
Por fim a condição essencial para a existência e para a dominação da classe burguesa é a acumulação da riqueza em mãos privadas, a formação e a multiplicação do capital; a condição do capital é o trabalho assalariado.
E até hoje há essa luta de classes, a qual se constitui de pessoas lutando para melhores condições de vida, tendo em vista o poder pra que aja essa transformação.
Porém na própria história vemos que ao conseguir o poder, a maioria tem sua mentalidade corrompida, tornando-se parte da burguesia e favorecendo a minoria. Esse ciclo faz com que sempre exista a luta de classes.
Referencia Bibliografica
Sociologia textos e contextos TESKE,Ottmar; 2° edição revista e ampliada; EDITORA Ulbra. Extraído do site: Google acadêmicos, link: http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=1bPSgRDkMdgC&oi=fnd&pg=PA107&ots=lq4BHaQXeQ&sig=lf-xXR-uJsiyZjz1lQJcXGQVjdg#v=onepage&q=&f=true
Sociologia de Max Weber, FREUND, Jluiem; 5° Edição; EDITORA Forense Universitaria
http://www.pcb.org.br/classessociais.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141998000300002&script=sci_arttext&tlng=en#2not

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dialética de Karl Marx

Grupo:
Ariane Melo
Gideane Karen Batista
Jacqueline Oliveira Riva
Patrícia Pedro



Karl Marx
Biografia:
Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou filosofia, Direito e História nas Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das idéias de Hegel. Algumas influências no desenvolvimento do pensamento de Marx : leitura crítica da filosofia de Hegel ( método dialético ) , contato com o pensamento socialista francês e inglês .

Introdução
A visão dialética da história nos ensina de modo contundente que as coisas se inter-relacionam, existem em conjunto, determinam umas às outras, ainda que uma delas pareça prevalecer e Marx trouxe uma dialética voltada para questões de economia e infra-estrutura, contexto da sociedade, os valores racionais de igualdade e bem-estar humano podem ser conquistados, ou não, por meio da luta dos oprimidos e neste trabalho entraremos na historia da dialética e a contribuição de Marx para o conceito que prevalece hoje.

O que é Dialética?
Dialética era considerada, na Grécia antiga, como a arte do diálogo. Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão. Hoje, a dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendemos a realidade como essencialmente contraditórias em permanente transformação.A dialética ficou sufocada até o Renascimento. Seu caráter instável, dinâmico e contraditório da condição humana foi corajosamente reconhecido por um pensador místico e conservador como Pascal (1623 - 1654). Outro filósofo, o italiano Giambattista Vico (1680 - 1744), também ajudou a dialética a se fortalecer.Concluindo, dialética, em seu sentido etimológico, significa a arte de relacionar os contraditórios.

Dialética Marxista
Marx, ao preservar a primazia da lógica dialética, afirmou, entretanto, que a tese não é o espírito e nem a idéia, e sim a matéria, isto é a Economia, a infra-estrutura.Tanto a dialética hegeliana quanto a marxista, sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a "verdade" dos momentos superados. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).